Homenagem ao Nosso Anjinho Gustavo

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sábado, 30 de junho de 2012

Diário - 30/06/2012

Sabadão de sol e calor (depois de muitos dias de frio), ufa!
Fui convidada a ir ao cinema!
Como eu já queria ir, não hesitei e fui, com a Lili, o Nicolas e aproveitei para levar ao Johnnynho que foi pela primeira vez no cinema!
Ele se comportou muito bem. Tomou muita coca-cola... Rs!
Foi gostoso, tranquilo e me fez bem!
Claro que não deixei de pensar no Gu e no quanto gostaria de estar fazendo este passeio com ele!
Mas não deixei me abalar não. Fiquei pensando que Deus fez o melhor para o meu filho.
Talvez Deus realmente tenha atendido o meu pedido em proteger ele e não permitir que nada de ruim lhe acontecesse.
Espero muito ter outros dias de alegrias assim. Sei que não será fácil. Mas não posso desistir.
Meu filho está olhando por mim. E sei que ele não quer me ver sofrer e nem chorar!!!
E eu torço muito, já pedi também, que ele volte para mim. Que ele me dê a honra e o privilégio de ser a mãe dele novamente. Que ele me escolha por sua mãe novamente! E que ele venha pra ficar e  me trazer muitas alegrias!!!

Te amo filho. Ontem, hoje e amanhã! Para sempre em meu coração.
Você é meu filho amado e querido. Onde quer que esteja, vou te amar para toda a eternidade!!

Te amo meu menino. Sinto sua falta!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Dias difíceis....


Dia 25/06/2012.
Tive uma segunda-feira tranquila até. Fui trabalhar e me concentrei ao máximo no que estava fazendo, a fim de evitar sofrimento e choro. Consegui!
À noite entrei na internet. No blog e também no facebook. Fui postar no blog que no dia 25 completou um ano que concebemos o Gustavo. Uma mãe de anjo me chamou no facebook e então começamos a conversar. Ela não estava bem, estava chorando. Não conversamos muito e eu desabei a chorar. Tentei conter as lágrimas, mas foi em vão. Chorei muito. Doeu tanto. Parecia que alguém estava me cortando ao meio. Eu sentia tanta, tanta dor. E não conseguia parar de chorar. A pressão subiu e eu tive que tomar remédio pra baixar a pressão e depois uma agua com açúcar pra conseguir me acalmar e dormir. Foi tenso. Doeu muito. Na verdade dói o tempo inteiro. Às vezes mais, às vezes menos.

Dia 26/06/2012.
Hoje o dia não foi tão fácil como a manhã anterior. Eu fiquei muito triste por conta de ter chorado muito a noite. Estou com receio de encontrar alguém. Seja quem for. Ainda tem gente que não sabe o que aconteceu. Por outro lado, queria encontra-los o quanto antes. Quanto mais cedo encará-los, melhor.
À noite fui à psicóloga. Eu queria muito pedir a ela que falasse mais que eu. Que me dissesse como ela acha que estou e tal.
E então acabei falando mais do que devia! (modo de dizer)
Ela me fez algumas perguntas. Dentre elas: “Quais eram os meus planos para o Gustavo!” e “O que é (essa) a perda para mim?”
Questionou-me também sobre o quarto do Gu e suas coisas!
Bem, vamos lá.
Sempre desejei ter o meu bebe. Pegá-lo no colo, dar carinho, ensinar sobre tudo que sei  e chamá-lo de meu, e ouvi-lo me chamar de mamãe. Tudo que uma mãe faz era o que eu queria fazer. Isso e muito mais: O possível e o impossível.
Meus planos para o Gu eram planos repletos de coisas boas. Eu queria que ele fosse uma pessoa do bem, da verdade e da justiça. Eu sempre pedia a Deus para que ele protegesse meu bebe e que ele viesse com muita saúde, e que vivesse por muitos e muitos anos. Pedia sempre por muita sabedoria para saber ensinar e educar. Como uma boa mãe eu queria o melhor para meu filho.
Durante muitos anos, esse foi o meu sonho. Ficar grávida e ter filhos. E então eu decidi que era a hora e consegui. A gravidez é uma dádiva de Deus. É algo mágico. É um sonho!  Grávida meu sonho era: “como será”.
Mas infelizmente meu Bebê partiu. E então com a perda o meu sonho passou para: “como seria”.
Perder meu filho foi a pior coisa que me aconteceu. Acho que não há palavras para descrever o quanto dói. A perda é: um vazio enorme; uma tristeza enorme; uma saudade enorme; é inaceitável; é injusto; é cruel; é massacrante; é ter que conviver com a dor para sempre; é se sentir culpada por ter falhado; é ter o sonho interrompido; é dormir e acordar sem aquele barrigão e olhar o quartinho dele e ver o berço vazio; é saber que faça chuva ou faça sol nunca viveremos nada juntos; não iremos fazer nada juntos.
Não vou amamenta-lo; não vou cantar uma canção pra ele dormir; não vou embalar ele em meus braços; não vou levá-lo na escola e nem lhe ensinar o alfabeto; não vou ver ele andando na bicicleta que ganhou e nem brincando de carrinho com o papai. São tantas coisas que não irão acontecer. Nada vai acontecer. Não com o Gustavo! E isso dói muito. Chega a rasgar o peito de tanta dor.
O que tivemos foi maravilhoso e perfeito; durou por nove meses; e então ele partiu. Agora o que tenho são lembranças e saudades. Eu, meu filho, sinto sua falta todos os dias, todo tempo!

Eu te amo e daria tudo pra ter você aqui conosco! 
Me perdoe por falhar com você...
Sei que dias difíceis ainda virão! Infelizmente.... 

Te amo ontem. Te amo hoje. E eu te amarei cada dia mais e mais, para o resto da minha vida!!

segunda-feira, 25 de junho de 2012



Falta alguma coisa no ar
Faz tempo que não vejo brilhar
A lua de prata
Falta alguma coisa em mim
Você me faz falta

Tá faltando estrela no céu
E aquela que você deu pra mim
Tá sempre apagada
Onde estão os raios de sol
Você me faz falta

.......

Saudades meu anjo. Saudades o tempo inteiro. Em cada lugar que vou. Pra onde quer que eu olhe.
Sinto você, sinto sua falta! Queria tanto que você estivesse aqui. Queria tanto viver tudo que sonhei viver com você. Queria ao menos entender o porque!
Tantos sonhos, tantos planos...
Não viver tudo que eu queria com você é tão ruim, tão cruel.
Hoje percebi, que não importa onde eu esteja, não importa o que eu faça e nem com quem eu esteja, tudo dói. Tenho receio de encontrar as pessoas e elas me perguntarem onde você está e como você está. Não ter você é muito ruim. Minha casa é meu refúgio, queria poder ter a escolha de ficar aqui, trancadinha e não ver ninguém... Sumir! Fugir de tudo e todos!
Tá cada vez mais difícil. As pessoas dizem que o tempo ajuda, que o tempo ameniza, que com o tempo a dor se torna saudade e que aprendemos a conviver com essa ausência!
Será que realmente isso é possível? Porque a mesma dor que eu sentia ontem, eu sinto hoje...
Sou agradecida por ter você em minha vida meu filho.
Deus me deu a honra de me tornar mãe. E você me escolheu, me dando o privilégio de ser sua mãe...
Mesmo não estando aqui, mesmo tendo se tornado um anjo, eu me tornei mãe.
O que tivemos e o que vivemos foi único. Foi incrível. Foi mágico. Foi inesquecível.
Obrigada meu filho por me escolher. Por vir e me dar a graça de poder dizer hoje "meu filho".
Espero um dia estar com você novamente. E então poder viver o que não vivemos juntos...

(chorando...)
(chorando...)
(chorando...)

Não aguento mais isso. Não aguento mais essa dor; essa tristeza; essa saudade....


eu te amo filho (desculpe a fraqueza, mas tem horas em que não aguento, e eu choro)


Ontem fez Um Ano que concebemos o Gustavo!!!
Se ele estivesse aqui comigo eu teria comemorado com um Bolinho! Seria seu 1º aninho em nossas vidas! Um aninho sabendo de sua existência! Um aninho sabendo que ele já era nosso bebe querido e amado, e tão desejado.
Eu fico me perguntando: Será que um dia irá passar essa dor tão profunda? Será que um dia ela diminui? Será que o tempo é capaz de amenizar o que sinto hoje?
Porque é tão forte hoje quanto foi quando recebi a noticia de que ele havia partido.
Parece que o medico está aqui do meu lado o tempo todo dizendo que não encontrou o coraçãozinho do meu filho.
É tão dolorido, tão difícil, tão cruel. É infinitamente cruel.
Pena que não foi possível tentar outro bebe no mesmo dia que concebemos o Gu, o ciclo muda... Fica desregulado e tals!
E é claro que vou tentar novamente no 14º dia! Vou tentar outro menino.
Deus dá o sopro de vida. E a ciência nos permite fazer continhas e escolher o sexo do bebê. O Gu deu certo. Tentei no dia de menino e ele veio! Quem sabe as continhas dê certo novamente e venha outro menino? Claro que se vier menina, será muito amada também! Isso não tenho dúvidas.
As contas podem não ser tão exatas, sei la! E também, vai que os espermas femininos resolvam fazer uma revolução?! Tudo é possível. Como dizem: a sorte está lançada!
Logo vou tentar outro bebê.
Sempre ORO a Deus, pedindo que em sua Bondade e Misericórdia, Ele nos permita ter outro bebê.
Um bebê com vida, saudável, perfeito!!!
Não irá substituir nosso Gustavo. Mas certamente nos ajudará!!!
É muito triste tudo que estamos passando.
Sei que muitas pessoas infelizmente passam por isso. Muitas em situações bem piores.
Minha avó mesmo, teve seu primeiro filho natimorto. E depois disso, enterrou mais quatro filhos pequeninos, vitimas de sarampo. Ao todo teve 10 filhos e enterrou 5 deles.
Conheço outra que quando estava grávida, foi assaltada e o bandido deu um tiro na barriga dela... O bebe morreu e ela nunca mais pode ter filhos. Sua unica filha é também sua sobrinha, que pegou  pequena para criar!
São casos muito tristes. Acho que nenhuma mãe deveria ter que enterrar um filho.
Porque não existe dor pior!!!

Que Deus nos abençoe!

Saudades filho! Eu te amo. Te amo tanto!!!
Você é meu presente de Deus....

sábado, 23 de junho de 2012

"Os ventos que as vezes nos tiram algo que amamos, são os mesmos que nos trazem algo que aprendemos a amar... Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi dado. Pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai para sempre."

Pois bem, sendo assim, você sempre serás meu, onde quer que você esteja, sempre serás meu filho amado e querido!!
Sempre estará em meu coração e pensamento. Você é a minha vida. Um pedaço de mim. Meu amor por você  ultrapassa barreiras e vai onde você estiver. E será assim por toda a eternidade. 
Quero que saiba que se por um acaso eu não chorar todos os dias, não é porque eu esqueci você, porque isso é impossível, mas sim porque estarei aceitando que você cumpriu sua missão aqui, que acredito eu, ser a de me tornar Mãe! 
Eu preciso também deixar que você descanse, pois acredito que cada lágrima que derramo, não te faça bem. Você deve ficar triste ao ver a Mamãe assim e isso não deve ser nada bom pra você meu anjinho! 
Então quero que saiba, que vou tentar seguir em frente, por você, pra que não sofra por mim. Sei que você é um Bebê muito especial e por isso Deus o levou pra junto Dele. Você merecia muito mais do que tínhamos a oferecer aqui. Você merecia um lugar melhor que esse que destruímos a cada dia. Você era bom demais para esse lugar cheio de crueldade! 
Como sua titia disse uma vez:
"Deus levou o Gustavo por ser muito especial para ele. Ele partiu para Deus com o coraçãozinho agradecido por seu amor. E não duvide, ele a escolherá por sua mãezinha se houver nova oportunidade. Ele está ao lado de Deus pedindo que seu coração seja confortado e banhado pela fé e esperança. Assim como ele foi banhado por seu amor, sua alegria e todas as bençãos que emanou para ele durante o breve período entre nós. Ele voltou ao céu para contar aos outros que ainda há pessoas como você. Que fazem Deus ser misericordioso, dando ao homem a chance de se melhorar dia após dia."
É isso meu filho. Então tentarei seguir em frente carregando você em meu coração e em meus pensamentos. 
Sei que não será fácil. E te peço desculpas porque sei que haverá os dias em que chorarei de saudades de você. Mas vou tentar!!!
Peço que ajude a mamãe a conseguir isso. Peço que converse com Deus, já que está tão pertinho dele, e peça que Ele conforte meu coração de alguma maneira!
Você é meu anjo e eu o amo muito. Nem sei como explicar esse amor. E nem podia imaginar que houvesse um amor assim tão grande! Jamais pensei que fosse possível amar como eu te amo!

Você é minha vida, meu anjo, meu filho! E eu te amarei por todos os dias da minha vida!

Eu te amo ontem, Eu te amo hoje, e Eu te amarei para sempre ♥

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Sentimentos que se seguem após a perda do bebê.

Os dias, as semanas e os meses após a perda de um bebê são extremamente difíceis e dolorosos, com sensações alternadas de tristeza, choque, luto, depressão, culpa, raiva, ressentimento e vulnerabilidade. 
Você pode se sentir distante e irritada, incapaz de se concentrar, comer ou dormir direito. Às vezes uma exaustão física também se apodera de você, tornando qualquer tarefa ou movimento um fardo. 
Com o passar do tempo, haverá horas ou até dias em que você começará a retomar a vida normal, para, de repente, ter uma recaída de tristeza. Lembre-se: cada pessoa reage às perdas de um jeito diferente, e não há modo certo ou errado de se sentir. 


• Aceite seus sentimentos. Você poderá se surpreender por sentir raiva ou ressentimento em relação a amigas ou parentes que tenham gestações bem-sucedidas ou bebês em casa. Ou você poderá se achar um fracasso como mulher, acreditar que seu corpo a traiu ou até que você não esteve à altura do bebê e decepcionou seu parceiro ou as outras pessoas. 
Outro sentimento comum é se responsabilizar pela perda, como se ela pudesse ter sido evitada por algum gesto seu. 
A melhor maneira de lidar com esse tipo de culpa ou julgamento tão duro contra si mesma é falar abertamente com seu companheiro e pessoas próximas sobre o que aconteceu, e sobre como isso está afetando você. Uma conversa com o médico sobre os motivos que levaram ao abortamento também ajuda certas mulheres a compreender melhor as circunstâncias e aceitá-las como externas à sua vontade. 

• Permita-se sentir tristeza. Não tente impor um fim à tristeza. Muitas pessoas vão tentar ajudá-la dizendo que "o próximo vem logo" ou que o melhor é "tocar a vida", mas a verdade é que você precisa lidar com a dor à medida que ela lhe toca. Pode ser que demore mais até que você tenha vontade de retomar uma vida normal, e, mesmo quando isso ocorrer, lembranças difíceis continuarão vindo à tona. Alguns pais e mães voltam a sentir a perda mais fortemente na época em que o bebê estava programado para nascer ou em alguma comemoração familiar. 


• Converse com outras pessoas. A dor de uma perda costuma ser um assunto extremamente íntimo e solitário. Mas, embora seja difícil, conversar sobre o que aconteceu pode ajudar a diminuir a solidão. Sem falar em o quanto você se surpreenderá de ouvir inúmeras histórias semelhantes de amigas, familiares, colegas de trabalho e vizinhas. Só tenha em mente que, mesmo dentro de sua própria família, as reações à perda serão diferentes e nem sempre no tom que você considera adequado e na intensidade de que precisa. 

• Compreenda por que algumas pessoas preferem manter distância. Muitas pessoas ficam absolutamente aterrorizadas diante de emoções fortes e da tristeza, e não sabem como se portar ou o que dizer para alguém que acabou de perder um bebê. Para elas, é mais fácil evitar contato ou tentar ignorar ou minimizar o que ocorreu. Esse tipo de atitude pode gerar mágoas profundas. Tente, no entanto, pensar que esse tipo de atitude não é fruto de nada que você tenha feito, nem falta de carinho. 
Se com o passar dos meses você ainda sentir muita dificuldade em ir retomando a rotina, ou se considerar que seu estado emocional piorou, converse com seu médico ou peça recomendação a conhecidos sobre um terapeuta. Uma ajuda especializada poderá muni-la das ferramentas emocionais necessárias para enfrentar melhor a perda.



Retorno ao trabalho ... (saudades do meu bebê)


Amanhã estarei de volta ao trabalho.
Confesso que estou com um certo receio. Receio de enfrentar as pessoas.
Há aquelas que certamente se lembrarão que eu estava grávida e que irão perguntar sobre o bebê.
O luto social é mesmo muito complicado. Fico imaginando que cada dia encontrarei um no caminho que irá me fazer tocar no assunto e fazer com que eu fique mal. Ainda mais, porque geralmente elas falam tudo o que não quero ouvir, simplesmente porque não sabem o que dizer!
Não sei se estou pronta para isso. Gostaria muito de saber dirigir neste momento, pra ir de carro para o serviço e não ter que encontrar ninguém pelo caminho.
Estou também com receio de como será na empresa que trabalho. A reação de todos quando eu chegar depois de tanto tempo afastada por uma licença maternidade sem um bebê nos braços.
Meu como eu queria que tudo não passasse de um terrível pesadelo.
Isso parece não ter fim. Aliás, não tem fim. O tempo até pode amenizar a dor. Mas o fato é que um pedaço de mim se foi e nunca voltará!!!
Eu durmo e acordo pensando nele. Onde quer que eu olhe, ou o que quer que eu faça, estou com ele em meu pensamento. Eu fico plugada, conectada, ligada a ele o tempo inteiro.
Porque mesmo que isso tinha que acontecer?
Nenhuma mãe, jamais deveria ter de enterrar um filho.
É muito doloroso. Muito triste. O vazio que fica é imenso e a dor pela ausência do Gustavo, que era tão desejado, tão esperado e tão amado é tão grande e tão forte, que não há como descrever em palavras.
Eu sinto que jamais serei a mesma. As pessoas sempre falam muito do meu sorriso e da minha alegria que chega a ser contagiante.
E elas esperam isso de mim sempre. Mas agora, mesmo que eu sorria, mesmo que por alguns instantes eu fique alegre, sei que não será da mesma forma. Porque o Gustavo, é uma parte de mim, uma parte enorme que se foi... E eu não sei como conviver com isso para o resto da minha vida!
Estou muito mal esses dias. Minha cabeça está a mil com tantos pensamentos e sentimentos.
Estou muito mal mesmo. Me sinto tão triste e tão sozinha. Mesmo tendo minha família e amigos comigo, me dando apoio, me sinto só e desamparada.
Nada do que façam ou que digam, irá amenizar esta dor gigantesca.
Está doendo muito. Todo tempo...
Sinto tanta saudades de você meu Bebê Lindo.
Mamãe sente tanto a sua falta!

Eu Te Amo Gustavo.
Jamais pensei que pudesse amar tanto alguém assim!
Te amo muito filho

Amor Eterno Gustavo



Vídeo que fizeram em homenagem ao Meu Anjinho Gustavo!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

"Amor além da vida, destinada a mães de anjos"

É como acordar e ver que tudo não passou de um sonho;
É como voltar de marcha-ré todo o caminho já percorrido;
É voltar a ser uma pessoa “comum” depois de um tempo se sentindo “especial”;
É ter que esperar passar o tempo para se sentir melhor;
É sentir que tudo ficou sem graça;
É saber que isso acontece, com muitas pessoas, mas não sentir alivio por não estar sozinha!
É sentir solidão porque já havia se acostumado em vê-lo todos os dias.
É procurar a causa da perda mesmo sabendo que não dá para encontrar;
É alternar fases de não querer mais engravidar com outras de desejar conceber imediatamente;
É ter acreditado que comigo não aconteceria esse imprevisto e perceber que essa sensação de proteção é falsa;
É conhecer mulheres que engravidaram na mesma época e observar seus bebes no colo e o seu não estar mais ali;
É sofrer sozinha, apesar do apoio da família e dos amigos;
É ter que encarar de frente a sensação de incompetência;
É exercitar a paciência para esperar o que o destino está guardando;
É sorrir, mas o coração esta em pedaços, e ter que caminhar com uma saudade infinita no peito…






Te amo filho lindo ♥

domingo, 17 de junho de 2012

Mâes de filho natimorto sofrem com traumas e luto social.

O luto e o stress são importantes fatores que ajudam a aumentar o sofrimento de mães que tiveram a experiência de terem filhos natimortos, além de terem dificuldades em conviver com o silêncio que as pessoas ao redor impõem em relação à perda da criança. Outro aspecto que impulsiona a dor e a fragilidade emocional da mãe é o despreparo dos hospitais para cuidar de mulheres que passaram pela experiência de ter natimortos.

Tendo como suporte teórico a Teoria do Luto, a psicóloga Márcia Maria Coelho Rodrigues entrevistou 9 mulheres que passaram pela experiência de ter um filho natimorto , entre 2007 e 2008, para desenvolver a pesquisa A experiência da mãe por ter um filho natimorto, mestrado defendido na Escola de Enfermagem (EE) da USP e orientado pela professora Regina Szylit Bousso.

Em seu estudo, Márcia observa quatro momentos marcantes na vida da mãe. “O primeiro, é quando a mãe ouve a notícia da morte de seu filho durante a consulta de pré natal. Ela não acredita porque não consegue entender a morte, afinal estava aguardando a vida de seu bebê. Em alguns momentos, pensa até que está sentindo o bebê mexer em sua barriga”, explica Márcia.

Segundo a pesquisadora, a notícia de que o bebê morreu durante a gravidez é um grande choque. “É difícil acreditar que é realidade. Depois de muito tempo sonhando com a criança e fazendo planos a mãe fica exausta, tem uma profunda dor emocional, acompanhada de um sentimento de vulnerabilidade diante da notícia que terá um filho natimorto”, diz a psicóloga.

Após o choque inicial, em que a mãe se vê diante de um natimorto, há o segundo momento significativo: o parto. Circundado por estresse e medo, a mulher não imagina como será dar a luz a uma criança morta e por ter um parto sem sentido. Segundo Márcia, “a mãe é obrigada a passar por todas as etapas do parto, inclusive as dores. Ela se sente humilhada por não ter sido capaz de gerar um filho vivo.”

Um dos grandes problemas desse segundo momento é durante o parto. “A mãe precisa tomar a decisão de ver ou não o filho morto. Nem sempre ela consegue verbalizar o desejo de conhecer, tocar, segurar no colo o seu filho que agora está morto. Nesta situação, outras pessoas acabam decidindo por ela o que fazer. Assim, as mães têm dificuldades para se despedirem de seus filhos e isso dificulta a compreensão do que aconteceu e, consequentemente, complicando o seu luto ”, ressalta.

O terceiro momento é a saída da maternidade de mãos vazias. Novamente retorna o sentimento de humilhação e tristeza por não ter conseguido dar a luz um filho vivo e o estresse de sair de uma maternidade sem seu bebê é algo traumatizante para a mulher.

Após esse fato, vem o quarto momento significativo, que é o luto social. “Depois que sai da maternidade, a mãe se sente sozinha e se encontra em um ambiente em que falar do assunto é proibido. As pessoas, às vezes com medo de entristecer mais a mulher, fazem uma espécie de ‘voto de silêncio’. O problema é que muitas mães que se veem diante de filhos natimortos querem outro tipo de apoio e necessitam conversar sobre o assunto para entender melhor o que ocorreu e digerir as informações”, explica a pesquisadora.


SUPORTE À MÃE:

Um dos principais aspectos que pode ajudar as mães de filhos natimortos a superar a difícil experiência é o suporte tanto das maternidades quanto das pessoas próximas da mulher. “A mãe está muito frágil e precisa de cuidados diferenciados tanto dos hospitais quanto dos amigos e familiares. Muitas vezes as ações promovidas para manter o bem-estar da mulher são impróprias e acabam piorando seu estado emocional, o seu luto”, descreve Márcia.

O apoio da maternidade é fundamental para que a mulher tenha a experiência do luto amenizada. Um dos fatores positivos para essa superação é o atendimento diferenciado dos hospitais. “Em muitas maternidades as mães que acabaram de fazer o parto de um filho natimorto são colocadas juntos com outras mulheres que também tiveram bebês. O estresse e o sentimento de culpa e impotência aumenta quando, após a perda, a mãe se depara com outras mulheres amamentando seus filhos saudáveis. É surpreendente que ainda hoje encontramos hospitais de metrópole no estado de São Paulo que não levem esse fato em consideração. Os profissionais da saúde devem compreender essa realidade e a dificuldade desse momento para as mães e dar o suporte necessário para minimizar o sofrimento dessas mulheres”, recomenda Márcia.

Pensando em você....

Sabe, hoje me senti bem triste e comecei a chorar vendo suas fotos filho!
Tenho tentado seguir em frente, tenho tentado ser forte, tenho tentado não chorar.
Há os dias bons e há os dias ruins. Infelizmente não tem como fingir que nada aconteceu e ficar bem.
Meu luto, quer queira, quer não queira, ele será para sempre. Cada época de uma forma diferente.
Tenho pensado em outro bebê. A vontade em realizar este sonho é muito grande.
Mas hoje, além da vontade, existe o medo dentro de mim.
Medo de que aconteça tudo novamente.
Rezo a Deus para que, Ele em sua bondade e misericórdia, me permita realizar este sonho.
E na fé e esperança que tudo dê certo, e que o próximo bebê venha com vida, saudável e que viva por muitos e muitos anos.
Que Deus nos abençoe.
Te amo filho e não paro de pensar em você!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Três meses sem você...

Mais um mês sem você meu anjo querido. Hoje está completando 3 meses que você partiu.
Como você faz falta aqui, todos os dias.
Choro praticamente todos os dias. Os que não choro, é porque procuro ocupar ao máximo minha mente, pra que eu não sofra tanto.
Tenho tentado aceitar sua partida. Tenho tentado não pensar muita coisa e não sentir raiva.
Afinal, agora que descobri que houve sim, uma certa negligência, procuro pensar que tinha que ser assim, porque se não, gera um revolta muito grande.
Tenho também pensado em te dar um irmãozinho. Tentar novamente, na fé e esperança que tudo dará certo. Eu espero e desejo, que Deus na sua bondade e misericórdia, possa nos abençoar com outro bebê. Um bebê que venha com vida, saudável, perfeito e que viva por muitos anos.
E você meu filho lindo e querido, saiba que estará para sempre aqui em meu coração.
Eu te amo. Amo muito. Amo demais.
Eu e o seu papai.
Nós te amamos muito!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Odeio cada minuto do dia sem você

Odeio cada minuto do meu dia sem você meu filho
Odeio não poder ter feito nada para salvar sua vida.
Odeio não poder fazer tudo que pensei e planejei e imaginei fazer e viver com você.
Odeio estar aqui e não ter você em meus braços.
Odeio olhar o seu quarto e suas coisas e você não estar lá.
Odeio não ter visto você.
Odeio não ter pego você.
Odeio não ter beijado você.
Odeio não ter tido oportunidade nenhuma de ter você do meu lado, em meus braços, amamentado você.
Odeio saber que nada vai acontecer.
Odeio que você tenha ido e eu ficado.
Te desejei, te esperei, sonhei com você a vida toda.
Por 9 meses te carreguei, te senti, te amei, sem nem imaginar como você era.
Fiz várias coisas para receber você.
E então, de repente, do nada, você partiu.
Você se foi, me deixando aqui, sem você.
E então eu odeio tudo.
Odeio quando lembro daquele rapaz me dizendo:
- É Meire, eu não consegui ouvir o coraçãozinho dele. Você sabe o que isso significa né?!
Odeio isso
Odeio cada minuto que se passou desde o dia 15/03/2012.
Odeio esse dia.
Odeio não ter meu filho comigo.
Sempre quis isso: 'Dizer Meu Filho!'
Dizer: 'Vem com a mamãe! Vem Gustavo!'
Odeio porque não vou poder dizer isso.
Eu daria tudo para ter você aqui.
Voltar no tempo e poder salvar sua vida.
Me sinto péssima todo tempo.
Queria você filho. Queria você comigo.
Não entendo e não sei se um dia entenderei o propósito de Deus por ter te levado.
E nem sei se aceitarei isso. 
Meu coração está em pedaços, em ruínas, porque você partiu.
Como eu odeio não ter você aqui. Enterrar um filho dói demais.
Eu te amo filho lindo.
Te amo tanto....Meu amor por você é imensurável.
Te amo muito. Sinto sua falta todo tempo.
Te amarei por toda vida. 

quinta-feira, 7 de junho de 2012

O Quartinho do Gustavinho!

Gustavo Xavier Oliveira
Preparamos esse quartinho com muito amor e carinho para você Bebê Querido!
Tão esperado e tão amado. Esse era o seu cantinho... Dói muito vê-lo vazio, sem você!
Tantos planos, tantos sonhos, tantos desejos... Tudo se foi, porque você se foi.
Fico imaginando como seria se você estivesse aqui...Nesse friozinho, papai com certeza iria colocar você aqui pra dormir com a gente! Era o que ele sempre dizia... Que você não podia ficar lá sozinho no frio... Na verdade, acho que mesmo no calor, papai iria trazer você pra dormir conosco!
Só que infelizmente você não está aqui e não usará nada do que compramos e fizemos para você!
Sentimos muito a sua falta filho... Todo tempo, nosso pensamento está conectado à você!
Gustavo, você é e sempre será muito amado por nós! Jamais esqueceremos você e tudo que vivemos juntos nesses nove meses que esteve conosco! 
Te amamos filho.... Para sempre!!!