Homenagem ao Nosso Anjinho Gustavo

.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Dias difíceis....


Dia 25/06/2012.
Tive uma segunda-feira tranquila até. Fui trabalhar e me concentrei ao máximo no que estava fazendo, a fim de evitar sofrimento e choro. Consegui!
À noite entrei na internet. No blog e também no facebook. Fui postar no blog que no dia 25 completou um ano que concebemos o Gustavo. Uma mãe de anjo me chamou no facebook e então começamos a conversar. Ela não estava bem, estava chorando. Não conversamos muito e eu desabei a chorar. Tentei conter as lágrimas, mas foi em vão. Chorei muito. Doeu tanto. Parecia que alguém estava me cortando ao meio. Eu sentia tanta, tanta dor. E não conseguia parar de chorar. A pressão subiu e eu tive que tomar remédio pra baixar a pressão e depois uma agua com açúcar pra conseguir me acalmar e dormir. Foi tenso. Doeu muito. Na verdade dói o tempo inteiro. Às vezes mais, às vezes menos.

Dia 26/06/2012.
Hoje o dia não foi tão fácil como a manhã anterior. Eu fiquei muito triste por conta de ter chorado muito a noite. Estou com receio de encontrar alguém. Seja quem for. Ainda tem gente que não sabe o que aconteceu. Por outro lado, queria encontra-los o quanto antes. Quanto mais cedo encará-los, melhor.
À noite fui à psicóloga. Eu queria muito pedir a ela que falasse mais que eu. Que me dissesse como ela acha que estou e tal.
E então acabei falando mais do que devia! (modo de dizer)
Ela me fez algumas perguntas. Dentre elas: “Quais eram os meus planos para o Gustavo!” e “O que é (essa) a perda para mim?”
Questionou-me também sobre o quarto do Gu e suas coisas!
Bem, vamos lá.
Sempre desejei ter o meu bebe. Pegá-lo no colo, dar carinho, ensinar sobre tudo que sei  e chamá-lo de meu, e ouvi-lo me chamar de mamãe. Tudo que uma mãe faz era o que eu queria fazer. Isso e muito mais: O possível e o impossível.
Meus planos para o Gu eram planos repletos de coisas boas. Eu queria que ele fosse uma pessoa do bem, da verdade e da justiça. Eu sempre pedia a Deus para que ele protegesse meu bebe e que ele viesse com muita saúde, e que vivesse por muitos e muitos anos. Pedia sempre por muita sabedoria para saber ensinar e educar. Como uma boa mãe eu queria o melhor para meu filho.
Durante muitos anos, esse foi o meu sonho. Ficar grávida e ter filhos. E então eu decidi que era a hora e consegui. A gravidez é uma dádiva de Deus. É algo mágico. É um sonho!  Grávida meu sonho era: “como será”.
Mas infelizmente meu Bebê partiu. E então com a perda o meu sonho passou para: “como seria”.
Perder meu filho foi a pior coisa que me aconteceu. Acho que não há palavras para descrever o quanto dói. A perda é: um vazio enorme; uma tristeza enorme; uma saudade enorme; é inaceitável; é injusto; é cruel; é massacrante; é ter que conviver com a dor para sempre; é se sentir culpada por ter falhado; é ter o sonho interrompido; é dormir e acordar sem aquele barrigão e olhar o quartinho dele e ver o berço vazio; é saber que faça chuva ou faça sol nunca viveremos nada juntos; não iremos fazer nada juntos.
Não vou amamenta-lo; não vou cantar uma canção pra ele dormir; não vou embalar ele em meus braços; não vou levá-lo na escola e nem lhe ensinar o alfabeto; não vou ver ele andando na bicicleta que ganhou e nem brincando de carrinho com o papai. São tantas coisas que não irão acontecer. Nada vai acontecer. Não com o Gustavo! E isso dói muito. Chega a rasgar o peito de tanta dor.
O que tivemos foi maravilhoso e perfeito; durou por nove meses; e então ele partiu. Agora o que tenho são lembranças e saudades. Eu, meu filho, sinto sua falta todos os dias, todo tempo!

Eu te amo e daria tudo pra ter você aqui conosco! 
Me perdoe por falhar com você...
Sei que dias difíceis ainda virão! Infelizmente.... 

Te amo ontem. Te amo hoje. E eu te amarei cada dia mais e mais, para o resto da minha vida!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por participar deste blog